Neto fez o bootcamp do Le Wagon após sentir que precisava ser a lacuna da tecnologia nos projetos que gerenciava. Conheça a história do empreendedor que foi de leigo da tecnologia para alguém requisitado a ser CTO em outras empresas.
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"Acho que sei conectar os pontos. Ver uma tecnologia disponível e tentar enxergar como posso utilizá-la para ajudar a vida de alguém. Essa é a minha fortaleza."
Meu nome é Neto, tenho 33 anos, sou fundador da Northern e co-fundador da Wabafood e antes do Le Wagon eu não tinha a menor noção de tecnologia, hoje, consigo conversar com um head de tecnologia da Amazon, meu sócio.
O que você fazia antes do Le Wagon?
Em 2016 abri uma Startup, e eu tinha um sócio que cuidava de toda a parte tecnológica da empresa, a minha parte era só sobre negócios. Porém, de uma hora para a outra, ele recebeu uma proposta para trabalhar em outro país. Na época que isso aconteceu, eu não tinha conhecimento técnico nem para trocar a foto de capa do nosso site Wordpress. Não entendia nada de Web.
Pela minha falta de conhecimento em tecnologia, as entregas estavam começando a ficarem comprometidas, passei a me queimar por besteira. Inicialmente comecei a procurar desenvolvedor, e, exatamente pela minha falta de conhecimento, cometi todos os erros possíveis. Contratei um cara que me entregou o site no WIX, contratei paquistanes, contratei indiano, contratei brasileiro, até que eu percebi que passava mais tempo do meu dia conversando com desenvolvedores do que de fato trabalhando, por este motivo, tomei a decisão de aprender a programar, se tornou algo essencial para mim.
Como conheceu o Le Wagon?
Através do Meetup do Le Wagon. Um dia encontrei uma página de inscrição para o Workshop “como criar sua landing page em 2 horas”, me inscrevi e durante a aula, o host do evento disse que também era possível aprender a programar em 9 semanas. Pensei: é isso que eu preciso, vai me ajudar demais!
Qual foi o processo de decisão para iniciar o bootcamp?
Antes eu acreditava que para aprender a programar era necessário fazer uma faculdade, e eu já tinha feito duas, não via sentido e nem tinha tempo para fazer uma terceira. Então, após esse workshop, passei quase um ano convencendo meu sócio da Northern de que iria precisar passar 2 meses fora fazendo um bootcamp. Na época ainda não tinha o part-time.
Como foi sua vida pós-bootcamp?
Logo que me formei, eu comecei a construir as ferramentas para a minha empresa, a Northern. Na época, também estava criando uma outra empresa e passei a ser responsável pelo setor de tecnologia.
Me descobri na programação, descobri do que eu gostava, comecei a dedicar uma parte grande do meu dia para desenvolver. Mostrava para outros empreendedores as ferramentas que eu estava criando para mim, vários deles queriam que eu aceitasse ser CTO deles, sempre perguntavam. Eu já tinha 2 empresas, não tinha tempo de fazer parte de mais uma.
A Northern já era uma consultoria de produtos digitais e analógicos, então utilizei o conhecimento em tecnologia aprendido no Le Wagon para melhorar os serviços digitais oferecidos pela minha própria empresa. Criei um time formado por colegas que fizeram o bootcamp comigo e passamos a trabalhar oferecendo código. O primeiro app que construímos chegou a 30.000 usuários e assim fomos vendo que as coisas estavam dando certo.
Qual era a sua previsão para depois do Le Wagon?
Nunca pensei em sair da empresa e arrumar um emprego como desenvolvedor, embora eu acredite que deva ser bem legal. Meu foco sempre foi aplicar as minhas habilidades no que eu já estava fazendo.
Quais os pontos que você acredita serem benéficos para o ex-aluno do Le Wagon que quer abrir uma empresa ou já faz o gerenciamento de uma?
Um dos principais pontos é a clareza que você vai ter para se conectar com o desenvolvedor. Eu já tive reunião com o time de desenvolvimento de uma empresa multinacional onde pude perceber falhas no que eles estavam falando. Na época, eu ainda estava na última semana do bootcamp de Web Development do Le Wagon. Se fosse antes do Le Wagon, provavelmente eu acreditaria piamente neles, meu conhecimento me deu o poder de fazer contestações e perguntas mais técnicas na área da tecnologia.
Existem também os pontos comuns de empresas que ainda não passaram por uma transformação digital. Muitas delas ainda guardam banco de dados no excel, dados são inconsistentes, o mapeamento deles é difícil, entre outros problemas… É necessário alguém que entenda como otimizar essa parte.
Você fez o bootcamp de Data Science depois, foi pensando nesses pontos também?
Sim, lá na Northern tivemos um cliente cuja a demanda era criar uma plataforma web e treinar um algoritmo para fazer tradução jurídica do inglês-português melhor que o google translate. O resultado foi fantástico, mas eu sentia que queria entender mais sobre o que estava acontecendo. Em uma das reuniões percebi que muito do que o CTO da empresa explicava sobre inteligência artificial era bem próximo do que aprendi na faculdade de economia. Era a oportunidade de resgatar skills que eu já tinha e começar a aprender algo completamente novo.
Acho que sei conectar os pontos. Ver uma tecnologia disponível e tentar enxergar como posso utilizá-la para ajudar a vida de alguém. Essa é a minha fortaleza.
Tem uma mensagem para quem quer fazer o Le Wagon e começar um novo negócio?
Façam para ontem, simples assim. Vai te ajudar muito, principalmente na autonomia, ajuda a saber o que está acontecendo na sua empresa, quando estão te enganando e quais estratégias utilizar com a tecnologia que você tem.
Muito obrigado pelas respostas, Neto, sem dúvida alguma essa conversa vai ajudar muita gente que quer expandir o conhecimento em tecnologia para iniciar um novo negócio.
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