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Por que os Bootcamps funcionam

Bootcamps conseguem treinar alunos em um tempo recorde se for comparado com o sistema tradicional. Como se opera essa magia?
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No início de 2016, como muitos executivos de empresas digitais, eu senti a necessidade de aprender a programar. Havia passado os quatro últimos anos lançando as operações da Deezer no Brasil e América Latina, e uma das grandes lições aprendidas nessa aventura era a dimensão (absolutamente estratégica) de ter o melhor produto para atrair e fidelizar usuários. Para participar deste debate, você tinha que entender as equipes técnicas, portanto, aprender a programar era uma necessidade. Não necessariamente para se tornar um desenvolvedor, mas para, pelo menos, ter uma conversa de bom nível e saber se “mudar o tamanho do logo” realmente leva três semanas ou três segundos… (na verdade, é melhor tirar o logo de vez...)

Minha primeira tentativa foram os cursos on-line, MOOC, etc… Sem muito sucesso, pois alguns cursos eram teóricos demais, e aqueles que tinham uma dimensão prática me deixavam empacado no primeiro bug gastando dias para descobrir um erro idiota…. Conclusão: acabei abandonando todos.

E graças ao grande Rémi Lheritier (gratidão eterna) eu descobri que existia uma outra alternativa: o bootcamp. Uma experiência em grupo, intensiva e mão na massa, de nove semanas, que prometia te tornar um desenvolvedor júnior mesmo nunca tendo programado antes.

Meu primeiro reflexo foi mandar mensagem no LinkedIn para o fundador da escola Le Wagon, a líder europeia desse segmento novo, que o Rémi havia me indicado. O fundador, Boris, me respondeu em menos de quatro horas e conversamos no dia seguinte. A conversa foi boa. Em menos de 10 minutos, ele havia me convencido a virar aluno e, em meia hora, a montar a franquia da empresa na América Latina :)

Mas foi quando participei do primeiro batch na região (o mítico batch #34!) que realmente entendi a proeza pedagógica de ensinar “o equivalente a dois anos de faculdade de programação” em nove semanas (opinião do nosso lendário professor Roberto Barros).


Bootcamps funcionam porque ser “mão na massa” é divertido.

“Brincar não é um jeito de aprender, é o único jeito de aprender.” 

A grade do bootcamp Le Wagon é organizada para ter 80% do tempo do aluno dedicados a “fazer coisas” no computador. Temos “aulas introdutórias” de manhã, das 9 às 10h30, que é o máximo de tempo que, provavelmente, alguém consegue se concentrar escutando outro alguém falando. E logo em seguida, vamos para os desafios. Obviamente, o primeiro bug vai revelar que você só prestou atenção em 60% da aula, o que já é ótimo, e cada bug serve para identificar qual parte do assunto você não sabia, não entendeu ou entendeu errado. O bug é o nosso melhor teacher. E vão ter muitos bugs para te ensinar, pode confiar. Até demais...


Bootcamps funcionam porque te ajudam a lidar com a síndrome do impostor.

“Para aprender rápido, aprenda sozinho; mas para aprender muito, aprenda em grupo”

Depois do 15º bug no primeiro desafio, é muito comum ver nossos alunos começarem a perder a auto estima… Tem raiva, tem introspecção, tem choro, tem diálogo interno com “aquele primo que seu avô sempre preferiu”... Tranquilo, estamos acostumados com isso. A força do bootcamp é que você vai perceber que todo mundo passa pelos mesmos perrengues. E isso dá um alívio incrível, porque faz parte do processo. A gente nunca falou que o bootcamp era fácil, pelo contrário, vivemos anunciando que o pessoal vai sofrer. Aprender é isso, é ser confrontado com uma dificuldade e se transformar para ultrapassá-la. Não tem como aprender a andar sem cair, sem chorar, sem passar vergonha, mas todo bebê acaba se virando, porque tem apoio. O Le Wagon é um monte de bebês chorando e caindo junto, até que todos se levantam e começam a andar… Alguns bebês conseguem de primeira, outros demoram, mas todos conseguem. E conseguimos ver na pandemia, com as aulas 100% on-line, que essa dimensão social da experiência de aprendizagem, com o buddy, a mesa virtual, o professor com um ombro amigo para acolher seus momentos de dúvida, funcionam igual à sala presencial. O segredo não é que off-line é melhor que on-line, o segredo é que enturmado é melhor que sozinho. Nossos bootcamps têm taxas de desistência baixíssimas (menos de 3% não completam o curso), e a razão disso é que existe uma solidariedade para te ajudar a pular os obstáculos.


Bootcamps funcionam porque não se apoiam em rankings nem organizam provas.

“Educação não é um sprint, é uma maratona… sem linha de chegada”

No Le Wagon, não existe ranking ou notas, nem provas. Nosso objetivo é que cada aluno(a) aprenda, no melhor ritmo possível, as coisas mais úteis para ele(a). Essa escolha é a garantia da solidariedade já mencionada, se aprende muito mais em um ambiente colaborativo do que competitivo. Mas ficamos vigiando internamente o desempenho de cada aluno, com o único objetivo de identificar aqueles presos na síndrome do impostor e bloqueados, para que um de nossos assistentes ou professor tente tirá-lo do buraco negro. No final do bootcamp, os grupos apresentam projetos finais desenvolvidos nas últimas semanas do bootcamp a partir do zero e nunca, na história do Le Wagon, fizemos uma seleção para mostrar somente os melhores. Todo mundo apresenta sua obra e às vezes rola bug, mas na vida real tem bugs o tempo todo, e o importante é como lidar com eles em uma situação estressante. E a coisa mais útil do demo day é que ele cria essa tensão para ninguém “fazer feio” no dia D...


Bootcamps funcionam porque habilidade não tem a ver com idade ou diploma.

“O diploma prova que você é bom nas respostas, mas o que vale na vida é ser bom nas perguntas”

No Le Wagon Brasil, já tivemos alunos de 18 a 74 anos. Já tivemos phDs, já tivemos pessoas que não fizeram faculdade. Já tivemos engenheiros, já tivemos porteiros. Já tivemos homem branco, já tivemos mulher preta.
O bom do seu código é que ele não olha seu Instagram para saber se pode ou não funcionar. Se você entendeu, ele funciona, caso contrário, não. E em um universo onde a maioria dos programadores do mercado são autodidatas, os recrutadores entenderam que não se pode julgar um bom desenvolvedor pela capa. O Le Wagon é aberto a todos, você só precisa comprovar motivação, dedicação e energia.


Bootcamps funcionam porque são experimentações rápidas.

“Tentativa e erro não é um jeito de melhorar, é o único jeito de melhorar!”

Os bootcamps têm uma grande vantagem sendo cursos de curta duração é que eles tem um tempo de feedback loop bem menor que o ensino tradicional. Faculdades que ensinam Ciências da Computação em 4 ou 5 anos precisam de 50 anos para iterar 10 vezes o currículo. No Le Wagon, já treinamos cerca de 700 batches em 6 anos… Por natureza, bootcamps são mais ágeis para adaptar o currículo e medir o impacto na qualidade dos projetos finais ou na empregabilidade do aluno.


Bootcamps funcionam porque dão luz à comunidade

“It takes a village to raise a dev”

O fato do bootcamp não ser (ainda) uma decisão tão "óbvia" quanto estudar em uma faculdade após o colégio faz com que os bootcamps atraiam uma população bem peculiar. Nossas turmas são realmente compostas de pessoas com a humildade de voltar a estudar, com a curiosidade de explorar um campo totalmente novo, com a coragem de enfrentar um assunto árduo. Todos são criativos mas padecem da frustração de não dominar as ferramentas certas para criar. E costumo explicar que o maior serviço que o Le Wagon fornece é ajudar essa turma a se juntar. Porque uma vez treinado, nada pode impedir um membro da #lewagang de voar.


Mathieu Le Roux
Cofundador da Le Wagon LatAm

NB1: Todas as citações foram colocadas entre aspas para fingir que alguém famoso as inventou, mas são do autor (que não é famoso).
NB2: a expressão #lewagang não obteve aval do time de marketing. 
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