Antes de aprender qualquer linguagem de programação
Juan Couso nasceu na Argentina e se mudou para o Brasil com 14 anos. Concluiu o curso de Engenharia Elétrica pela Universidade Mackenzie no Estado de SP. Com o diploma na mão conseguiu seu primeiro estágio na área na Ericsson, onde teve contato com processos e planilhas de engenharia, mas estava insatisfeito por que seu trabalho era muito burocrático, o famoso ‘’paper work’’.
‘’Quando acabei o estágio em 2012 o Brasil estava em recessão tinha 2 anos de experiência na área de telecomunicação e ninguém estava contratando.’’
Foi quando surgiu oportunidade de trabalhar na área de Compras da Ford: era uma oportunidade que exigia conhecimento técnico, e como era algo que gostaria de aprofundar, viu nisso uma chance para aprofundar seus conhecimentos. Juan entrou em uma área mais técnica de compras, e seu job era otimizar custos conseguindo melhores negócios de fornecedores, mantendo o padrão de qualidade exigido pela companhia, onde lá ficou por quase quatro anos!
’’Vi que tinha plano de carreira na Ford, mas meu crescimento iria demorar lá. Empresa
estava enxugando custos e eu não estava satisfeito com o cargo de comprador’’
Primeiro contato com Mercado Digital
Já com curiosidade e interesse pelo mundo digital, aprender mais sobre esse campo do conhecimento era algo no radar de Juan. Com o objetivo de fazer um ‘’pé de meia a mais’’ teve a ideia de começar a vender algumas coisas usadas no Mercado Livre.
‘’Depois tentei fazer DropShipping que não deu muito certo. Aí comecei a vender produtos chineses no Mercado Livre e consegui igualar sua renda ali com a renda que tinha na Ford’’
Juan passou um ano vendendo pelo Mercado Livre paralelamente ao seu trabalho na Ford. Quando a venda online ultrapassou a renda que ele tinha como funcionário contratado, tomou a decisão de sair da Ford.
Pergunta: Quais tipos de produtos você vendia online, Juan?
''Vendia roupas porque tem uma margem boa e diferente de eletrônico se vem quebrado é muito difícil vender. Digo isso por experiência própria, tentei vender alguns produtos eletrônicos e acabei tendo prejuízo para ressarcir os que vinham com algum defeito! rsrs''
Como escolher um curso de programação? O formato bootcamp
''Queria fazer bootcamp porque acreditava que a melhor forma de aprender era através de imersão e não estava a fim de seguir um curso com os padrões tradicionais pois sabia que sem o “Hands-On”, pra mim, não funcionaria. Eu queria aprender a programar por que eu queria construir produtos que resolvessem problemas reais de pessoas, e de negócio’’
''Desde muito novo tinha muito contato com programação lá pelos anos 90-96, com 14 anos, já no Brasil, eu e meus colegas brincávamos de programar algumas coisas Qbasic, uma linguagem ‘’pré-histórica’’ da Microsoft para programar em casa. Sonhávamos em fazer um game! haha mas era muito difícil…''
Esse foi seu primeiro contato com programação. Depois mais tarde, na escola internacional onde estudou, conheceu alguns amigos, dentre eles um sabia programar. Este me emprestou seu livro para tentar aprender a linguagem Perl. Juan ficava brincando de programar em calculadoras da escola. Entendia coisas básicas mas não conseguia chegar muito longe. Era uma brincadeira, algo divertido, sempre se interessou por isso.
''Voltando para a história, eu tinha muita vontade de criar produtos e construir coisas. Já tinha afinidade com a área então fez muito sentido pra mim, visto a necessidade de fazer as coisas eu mesmo. Estava experimentando também. Acabei descobrindo o Le Wagon!''
Pergunta: Por quê você optou pelo Le Wagon, Juan?
''Descobri o Le Wagon, através de uma busca no Google por bootcamp e vocês eram o primeiro resultado orgânico! Além disso, já conhecia o formato de metodologia imersiva de aprendizado de bootcamp, desde 2014-15. Mas achei que só existia nos EUA..''
Quis fazer o Le Wagon porque queria um curso no formato de bootcamp, acelerado, presencial e era o único que tinha em SP. Olhei reviews no Switch Up e eram muitos bons! Vocês estavam também lá, como o Bootcamp de programação web mais bem avaliado.
Pergunta: Como foi sua experiência durante o curso de programação?
''Durante os 03 meses de curso full-time, minha renda vinha apenas do e-commerce e as vendas online, do Mercado Livre. Não recebia nenhum salário. Isso foi difícil, por que eu morava longe em Santo André. Apesar disso, no que tange ao conteúdo, tive facilidade com os conhecimentos e lógica de programação, por causa dos contatos primários que tive ao longo da vida e a engenharia, também ajudou. Minha turma foi fantástica, lembro de que todo mundo se deu muito bem! Isso também me deu oportunidades pro futuro né, pois conheci o Luciano Krebs, meu colega de turma no curso, quem acabou me contratando na Provi no futuro. Também temos uma comunidade enorme no slack de +10.000 pessoas e programadores e professores que fizeram o curso, ao redor do mundo todo. As conexões que fazemos são muito importantes…''
O início de uma carreira como desenvolvedor full stack
Durante o curso, Juan começou a aplicar para empresas e empresas de fora do Brasil, com foco em três países que tinham mais oportunidades para a área de programação: Espanha, Irlanda e Alemanha.
‘’ Recebi alguns desafios práticos de programação - assim como os que resolvemos durante o bootcamp - e eles foram essenciais para que eu conseguisse avançar no processo seletivo, e.... ser contratado!’’
Após dois meses de formado, Juan conseguiu uma vaga na Irlanda, para onde se mudou com sua mulher e atua, há um ano e meio, como programador full-stack.
Analisando minha carreira, através de uma perspectiva atual, percebi que o bootcamp foi um pulo do 0 ao nível de um programador júnior, e a maneira como o conteúdo e é estruturado, a metodologia do curso, foram fundamentais para que eu pudesse aprender o conhecimento na melhor ordem de aprendizado, sem o curso, eu provavelmente teria demorado bem mais tempo para pegar tudo que aprendi lá em 9 semanas sozinho’’
Juan considera que a vivência que teve na Irlanda foi fundamental para seu desenvolvimento como programador, e que de cara, não tem como chegar num nível avançado sem ir trabalhar numa empresa com uma equipe de tecnologia.
‘’Se quiser fazer um projeto sozinho você vai errar muito, na arquitetura, em tudo...Por sorte já tinha tido a experiência prática do curso de fazer um projeto e trabalhar em equipe com outros programadores utilizando ferramentas como Git e Github para compreender o fluxo de trabalho e problemas práticos do dia-a-dia de um desenvolvedor web, desde o desenho da base dados até o deploy no Heroku’’
Relatos de um programador fullstack trabalhando no exterior
Pergunta: Como que você trabalhou e como foi a adaptação na Irlanda?
''Trabalhei com um produto de monitoramento de energia on real-time. Pra mim foi fácil me adaptar, pois sempre vivi em cultura cosmopolita, pela escola internacional. Minha mulher sofreu mais. É sempre difícil se mudar pra outro lugar. A empresa não ajudou com as mudanças. Precisei vender tudo que eu tinha. Chega lá e você não tem nada. Precisei reconstruir minha vida, em todos os sentidos. Não conhecia ninguém. Minha mulher é brasileira e fizemos amigos brasileiros lá, muitos vão para aprender inglês''
Quanto aos desafios no trabalho, tecnicamente foi um pouco mais difícil pois tinha coisas avançadas que não entendia e tinham outros desenvolvedores mais sêniores que me ajudaram bastante no trabalho. O app já tinha seis anos com vários modelos de ActiveRecord, um app gigante, por sorte era algo que já tínhamos visto antes no Le Wagon. Melhorei muito lá.
Oportunidades em programação fullstack no Brasil
Pergunta: Quais oportunidades vocês encontrou ao retornar ao Brasil?
''Conversando com Luciano Krebs, meu ex-colega de Le Wagon, ainda nos early stages da sua startup, fui convidado para ir para sua empresa, Provi, como Desenvolvedor Sênior, em 2019. Fui um baita pulo, aprendi muita coisa. Lá o pessoal trabalha bastante com Node e React. Saí de lá em 2020 e fui seguir meu sonho de viver como freelancer e realizar planejamento de projetos para encontrar jobs, o que sempre foi um desejo pra mim. ''
A Provi é uma startup de financiamento de crédito voltado para a educação, co-fundada pelo nosso alumni de web-development Luciano Krebs, acelerada em 2019 pelo programa de aceleração do OPP C6, o Hub de aceleração do Banco C6.
Carreira como programador fullstack freelancer
Pergunta: Quais os objetivos e desafios que você tem hoje na sua vida profissional?
''Meu objetivo sempre foi me tornar freelancer, apesar disso passar por outras empresas foram experiências a fim de melhorar minhas habilidades técnicas e conquistar conhecimento suficiente para desenvolver meus projetos sozinho. Desde o Le Wagon tinha esse objetivo. Eu quis me tornar mais generalista para me consolidar como Full-stack e construir produtos de ponta a ponta. Hoje domino Ruby on Rails, Node e React. Atualmente atuo como desenvolvedor freelancer e inclusive tive até que parar de vender novos projetos porque minha demanda está lotada, o mercado é muito aquecido.''
Pergunta: Como você vê o valor de ter feito o bootcamp do Le Wagon e sua comunidade de programadores ao redor do mundo?
''Eu utilizo minha rede pessoal e o canal do Slack da comunidade de Wagoners para prospectar meus clientes. Além disso, utilizo bastante o Workana e plataformas online para gerar demanda. Lembro que o meu primeiro projeto no Workana era para consertar um problema que tinha em um site Wordpress de debugging, algo muito simples. O segundo era para fazer um HTML muito simples também, rsrs. Com isso, apesar de simples os primeiros projetos, eles me geraram excelentes avaliações na plataforma do Workana, o que me fez ganhar mais visibilidade para pegar projetos maiores e mais complexos.Clientes satisfeitos de lá viram fidelizados. Sou o No 50 no ranking Brasil dentro do Workana. Clientes satisfeitos viram clientes recorrentes. ''
Pergunta: Onde você acha que estaria hoje se você não tivesse aprendido a programar?
''Eu possivelmente estaria em outra empresa automotiva seguindo minha carreira como engenheiro, ou então trabalhando com marketing digital, mas com certeza, nunca tão feliz ou realizado como estou hoje.''
Por ter aprendido a programar, Juan conta que conquistou o estilo de vida que sempre quis, com a flexibilidade de poder trabalhar remoto de casa, com produtos digitais, e com autonomia.
‘’ Saber programar me ajudou a conquistar minha independência financeira e realização profissional. Trabalho com o que gosto: resolução de problemas e construção produtos digitais. Saber programar me permitiu conseguir ter meu apartamento próprio, um dos meus objetivos pessoais de vida’’
E aí? Achou que você se identifica com o Juan?
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